Quarta-feira, 22 de abril de 2009.
São 14 horas, quando saio apressado da Assessoria de Comunicação Social da UESPI, após uma manhã de trabalho. Meu rumo - a coordenação do curso de Comunicação, para falar com o professor Cláudio Vasconcelos. Eu já almocei, e da coordenação pretendo ir para o laboratório de multimeios, para enviar alguns e-mails e marcar algumas entrevistas.
Desço três degraus por vez, praticamente voando, nas escadas do palácio Pirajá. Quando chego do lado de fora, já estou correndo. Me aproximo dos fundos do auditório do Campus, e viro à direita pra chegar logo às salas do Centro de Ciências da Educação, Comunicação e Artes. Minha cabeça apressada não percebe o que está por acontecer.
Chego à lateral do primeiro corredor das salas do curso de Pedagogia, quando o inesperado acontece. Minha perna direita vai para a frente num movimento rápido, deixando a outra perna dobrada. O chão parece desaparecer. Um frio na barriga toma conta de mim. Tento, em vão, usar o braço para evitar o desastre - o que se revelou uma estratégia desastrosa. Caio no chão, com tudo.
Meu pé direito escorregou numa camada de lodo verde no piso de cimento, deixada pela chuva. Tão rápido quanto caí, me levantei e escondi-me no corredor - incrivelmente ninguém viu nada, nem mesmo os trocentos operários que trabalhavam na construção de salas de aula perto dali. Observo meu corpo e minhas roupas e concluo (erroneamente) que nada de errado aconteceu.
Depois de uma conversa rápida na coordenação com o professor Cláudio, descubro que o laboratório está sem internet, então resolvo ir até o pátio do Centro de Ciências da Natureza e usar meu notebook na rede wireless. No pátio, abro o notebook e aperto o botão power - sem sucesso. Aperto outras duas vezes até notar que a bateria está fora dos contatos na parte de baixo do notebook. Eu a encaixo e ligo o computador. Mais tarde, eu descobriria que a trava ue mantém a bateria no lugar havia se quebrado na queda (Não percebi na hora, mas a mochila com o notebook também bateu muito forte no chão).
Ontem, descobri que a assistência técnica espertamente não vende a minúscula trava que quebrou, mas apenas a parte de baixo inteira do notebook. A simpática atendente me informou que a peça vai custar R$ 227. Enquanto fico louco, penso em quanto vai ficar quando entrar a mão de obra no serviço - deve bater nos R$ 250. Esses valores fazem dessa a queda mais cara que eu já levei em toda a minha vida.
Aliás, fazia tempo que eu não caía - a última vez foi quando tentei pular por cima de um monte de cadeiras que algumas visitas tinham deixado no terraço da casa da minha avó - não pulei alto o suficiente, tropecei em uma das cadeiras, bati nas outras e acabei caindo em cima do cachorro de estimação da vovó, pra alegria do meu irmão, que adora rir da desgraça dos outros. Mas isso já faz algum tempo.