sábado, 30 de janeiro de 2010

Abraço!

Um abraço pra Rafaela, leitora do meu blog!

Rafaela, eu não atualizo muito este pequeno blog porque sou um preguiçoso, irresponsável, energúmeno, relapso, inútil e descarado (que nada, sou gente boa), mas prometo que vou me esforçar pra postar mais coisas aqui.

(Mande um abraço pra sua mãe, a Alba... ela é a alegria em pessoa e minha mãe gosta muito dela)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Coisas para odiar com gosto



Eu sou um cara predominantemente calmo, mas todos nós passamos por situações que nos deixam atordoados de tanta raiva. No meu caso, grande parte delas são protagonizadas pelas pessoas nas ruas. Seguem abaixo alguns exemplos que, de tão irritantes, mereceriam um lugar no código penal brasileiro.

- Pessoas que retiram o extrato da conta no caixa eletrônico e ficam lendo o papelzinho impresso na frente do caixa. Demoram um tempão e vão embora. Acho que não há sacanagem maior nesse mundo. O cara imprime o extrato e fica lá, lendo o papel e ocupando o caixa. Isso com 42 pessoas na fila, sendo 17 mães acompanhadas de crianças choronas, 22 pessoas falando alto demais ao celular e mais três mentirosos de plantão. O inoportuno cidadão observa cuidadosamente o extrato, pensa, pensa, pensa, pensa, coça a cabeça, pensa, pensa, coça a orelha, pensa mais um pouco e vai embora. Os bancos deveriam monitorar essa atividade ilícita e disponibilizar capangas na saída das agências para dar uma lição nessas pessoas, dando uns bons cascudos.

- Gente que faz charme pra descer da escada no coletivo. Você lá doido pra descer do ônibus, atropelando todo mundo... chega na porta e depara-se com uma pessoa descendo lentamente, parando a cada degrau, para olhar o horizonte e fazer poses para fotos, mesmo que não haja nenhum fotógrafo em um raio de 50 km. Alguns chegam ao cúmulo de dar uma "dançadinha" a cada degrau, enquanto o passageiro apressado (geralmente eu) espera pra descer (ou subir) com a maior cara de otário. Quando e estrela internacional terminar de descer da escada, seu compromisso já passou ou seu outro ônibus já foi embora.

- Gente que pensa que PF é self service. Taí uma coisa que eu tenho MUITA raiva. Afinal, PF significa "prato feito", e não "por favor". O conceito do PF todo mundo conhece: é um prato que já vem pronto. Mesmo assim, muita gente se faz de retardada e pede umas coisinhas por fora. Exemplo: o prato traz arroz, feijão, salada, farofa e carne. Aí lá vem o sabichão e fala pra alguém do restaurante: "ei, frita um ovo pra mim?". Dá vontade de... ignorar, mas eu não consigo. Uma pessoa dessas é muito sem noção, energúmena, aproveitadora, malévola e mal intencionada. Sim, pode ser apenas um ovo frito, mas trata-se de uma inocente tentativa de burlar uma norma social. Tem também aquele que, quando o cardápio do dia é um "picadinho", por exemplo, pede: "passa um bifezinho pra mim". Mais chato do que chute na canela. Ou em outro lugar.

-Pessoas que escolhem uma porta/corredor estreito/saída de emergência/passagem pra conversar ou refletir a respeito da vida. Lá está você de novo, tentando correr pra um compromisso inadiável (pode ser o banheiro), e se depara com uma pessoa conversando despreocupadamente bem no meio da porta ou do corredor. Pra complicar a situação, normalmente essas pessoas tem a largura de um ônibus de turismo, e estão fumando um cigarro. Você fica lá, pulando, gritando, fazendo danças indígenas, e a pessoa só libera a passagem meia hora depois, quando o seu compromisso já passou (ou quando você já fez tudo na calça). Surreal.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"Amanheceu no curral..."

Quem me conhece sabe que eu não sou muito fã desses forrós que estão aí. Acontece que nivelaram muito por baixo. Não há letra dessas bandas que não falem de imoralidades a ponto de deixar constrangido a quem ouve. São os tais de solteirões do forró, casadões do forró, desquitadões do forró, divorciadões do forró, morando juntões do forró, amansebadões do forró, mulher bandida, mulher safada, mulher marota, mulher maluca, mulher diaba, entre outras.

Mas nem sempre foi assim.

Até meados da década de 90, o forró era bom. Naquela época eu já era um chato que reclamava dessas bandas (pra mim só os mamonas prestavam, mas eles eram geniais mesmo), mas eu era feliz e não sabia. Afinal, o forró tinha conteúdo na letra, e as músicas utilizavam temáticas mas interessantes. Hoje nem sei se podemos chamar de músicas isso que está aí.

Um bom exemplo daqueles dias em que eu era um moleque é a banda Mastruz com Leite. Dia desses lembrei de uma música que eles tocavam, e que acabou ficando na minha memória. A letra é curta, mas é uma verdadeira poesia. A melodia também é perfeita.

Mastruz com Leite
Baião de Dois

A gente bem que podia
Se juntar de vez
Compartilhar de novo do nosso sertão
Acordar ouvindo
O chocalho da rês
A gente bem que podia
Se juntar de vez
Tá de manhã no curral
Tomar um leite mais puro
Cantar varrendo o muro
Do nosso quintal
Colher tomate, cebola
Banho de açude, almoçar
De noite um bom baião de dois
Pra que deixar pra depois
Se a gente pode se amar?

(não achei um video decente no youtube com a música... fico devendo essa.)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

À Dra. Zilda Arns.


Grande e triste foi a minha surpresa quando cheguei à redação do jornal Meio Norte, liguei o computador no qual trabalho, abri o navegador da internet e li que a Dra. Zilda Arns havia morrido nos terremotos do Haiti.

Eu era - e continuo sendo - um grande fã da Dra. Zilda, pelo simples fato de ela ter sido uma pessoa na qual todos deveriam buscar um exemplo. Ela trouxe muita coisa boa para esse mundo carente de entendimento e cheio de gente que não acrescenta em absolutamente nada à vida das pessoas.

Ela era diferente. E sempre será.

Representava a solidariedade em sua forma mais pura, em sua essência mais simples, sem o falso moralismo dos bonzinhos de oportunidade. Ela era verdadeiramente humana, e transmitia esse conceito de humanidade, do qual as pessoas parecem ter esquecido completamente.

Vá com Deus, Dra. Zilda. E meu muito obrigado por ter habitado com sua luz essa nossa terra combalida. Se Deus precisar de uma conselheira, já a terá por perto.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O melhor guarda chuvas do mundo

Algumas coisas só acontecem comigo.

Tomei chuva (e que chuva) na noite de natal, pois voltei pra casa a pé.

No ano novo, chuva de novo, pois voltei a pé também.

Cansado da água, resolvi comprar um guarda chuvas. Mas não um guarda chuvas qualquer.

Há alguns dias, fui até o centro de Teresina e adquiri um modelo clássico, daqueles pretos mesmo, que abarca a pessoa. Uma verdadeira cabana.

Desde então, nunca mais choveu pra valer nesta cidade. Não tive uma única oportunidade sequer de usar meu guarda chuvas.

Ou seja, guardou a chuva MESMO.

É o melhor do mundo.

Singing in the rain...