domingo, 27 de abril de 2008

Enquanto as coisas não voltam ao normal...

A Universidade Estadual do Piauí está passando por uma greve - e eu consequentemente estou sem aulas. Dado esse triste fato, comunico que venho sofrendo de falta do que escrever neste blog. As coisas toscas que registro aqui só acontecem quando estou com meus amigos da Universidade, e, atualmente tenho estado mais com meus brothers da aviação (mas prometi que nunca iria falar de aviação nesse blog, pois meus dois blogs anteriores tratavam disso e ninguém dava bola).

Eu poderia escrever um post indignado sobre o caso da menina Isabella, mas não vou fazer isso. Aliás, quando me perguntam sobre a culpa ou não do pai e da madrasta (quem me pergunta sempre quer que eu diga logo que foram eles) todos ficam espantados só porque dou a seguinte resposta: prefiro deixar a polícia trabalhar. Qual o problema nisso? é melhor fazer julgamentos precipitados? tá bom, todas as evidências apontam para o casal, mas fazer o quê, deixemos a polícia trabalhar e vamos cuidar nas nossas vidas, ora bolas.

Eu também poderia fazer um post zoando o Flamengo por uma possível derrota para o Botafogo, mas fazer o quê... o Flamengo ganhou.


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Lembra desse?

Alguns comerciais da TV nos marcam, ficam na lembrança. O vídeo que coloquei abaixo é um comercial da Sprite, que foi exibido aqui no Brasil em 2005. Vocês devem lembrar-se dele, afinal, não é antigo e, além de tudo, é original e fantástico.



Aposto que você se arrepiou... música perfeita, idéia perfeita!

domingo, 20 de abril de 2008

Surpresa

O jovem moço estava aguardando o ônibus no terminal movimentado naquele dia movimentado, típico daquela movimentada cidade. Precavido, ele pretendia chegar antes da hora do início do expediente, pois queria verificar sua caixa de e-mails sossegado. Já estava ali há dez minutos, esperando o ônibus nº 109, o qual toma todos os dias, e com cuja lotação já se acostumou. O pé esquerdo já batia no piso do terminal repetidas vezes , e o rapaz, impaciente, olhava os ponteiros do relógio de pulso em intervalos de tempo cada vez mais curtos. Foi aí que ela chegou.

Uma morena de cabelos lisos, pele clara como o mármore das colunas do Capitólio (ou como as geleiras da Groenlândia, sei lá), olhos negros, e a face permeada de pequenas sardas, embelezando a pele brilhosa do rosto, sob a luz do sol da manhã. Ela conservava uma expressão séria, vez por outra interrompida por uma leve tosse, provocada pelo ar frio do início do dia. A beleza daquela moça chamou tanto a atenção do rapaz que ele, de súbito, viu-se impelido a aproximar-se e perguntar o seu nome.

Então, o ônibus dela, o nº 239 chegou. A moça subiu e o rapaz, na iminência de perder de vista para sempre aquela belezura, esqueceu o horário, o emprego, o ônibus nº 109 e o resto da vida: subiu também no nº 239. Algum tempo depois, ela desceu do ônibus, e ele desceu na mesma parada, num calçadão com ladrilhos vermelhos e brancos, dispostos de forma irregular. Fianlmente ele a alcançou em seu passo rápido, e, com a mão sobre o ombro daquela obra dos Deuses, finalmente perguntou:

- Qual o seu nome?

Ela virou-se e, num movimento rápido, tirou a mãozinha delicada do interior do casaco escuro que vestia. Para a desagradável surpresa do jovem moço, a mocinha trazia na mão direita um soco inglês, com o qual ela o atingiu o lado esquerdo do rosto num golpe certeiro. Logo, nosso jovem garoto sentou uma forte dor que estendia-se da mandíbula até embaixo do olho esquerdo, passando pela boca. Logo viu-se no chão, tonto, e percebeu que a boca estava cheia de sangue: o soco arrancara-lhe um canino, um pré-molar e um dos incisivos superiores. O lábio superior estava destroçado e ele contorcia-se em espasmos torturantes de dor.

- Seu tarado!

E pensar que ele só queria saber o nome dela.


terça-feira, 15 de abril de 2008

Só uma picadinha...

A edição de hoje do jornal O Dia trazia uma reportagem sobre a vacinação de idosos contra o vírus da gripe em Teresina, na campanha nacional de vacinação do idoso. Na capa, a chamada para a matéria trazia uma foto interessante, de uma mulher aplicando a vacina em uma senhora idosa.

Agora reparem na cara de dor da pobre senhora na hora da agulhada:


foto: Assis Fernandes/O Dia


Agora responda sem ficar pensando: qual a expressão mais adequada para o momento de sofrimento indescritível retratado acima, seja ela uma interjeição ou outra coisa qualquer?

a) aaaaaaaaaaaaaaaai!
b) uuuuuuiiiiiiiiii!
c) carai!!!!
d) Jesussssssssssssssss!
e) mamãeeeee!!!!
f) putaquepariutádoendopracaramba!!!


PS: fontes seguras garantem que a senhora da foto ganhou um pirulito logo depois e foi embora toda alegre.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O estrangeiro que há em nós

Quando perguntam a você para que lugar você gostaria de viajar a passeio, as chances de você citar algum lugar fora do Brasil como resposta são muito grandes, não é? New York, Paris, Londres, Munique, Veneza, Los Angeles... são realmente lugares atraentes e conhecidos mundialmente. Mas você já pensou em conhecer seu próprio país?

O Brasil tem uma quantidade enorme de estrangeiros. Não estou falando dos japoneses, italianos, Franceses, Paraguaios, Uruguaios ou Argentinos. Estou falando de nós mesmos, nascidos nestas paragens tupiniquins. Nós realmente conhecemos a nossa pátria? nos respeitamos enquanto membros de uma mesma nação soberana? se alguém me fizesse essas duas perguntas, eu responderia NÃO e NÃO.

No meu ponto de vista, um habitante da hipermegalometrópole São Paulo, ou de qualquer outro lugar da abastada região Sudeste, que pensa que nós nordestinos, não conhecemos maravilhas tecnológicas como a eletricidade ou telefones celulares, não passa de um estrangeiro. Também é estrangeiro um nordestino que pensa que na região norte só há mato e índios. É um festival deprimente de preconceitos e asneiras sedimentadas em nosso povo por um senso comum emburrecedor, que me dá nos nervos.

Morei na capital federal há oito anos, por um período curto, mas suficiente para provar da ignorância geográfica de parte dos habitantes daquele quadradinho do oeste de Goiás. Eu estudava numa escola pública, porém muito boa. Eu tinha muitos amigos, gente do bem mesmo. Mas sempre vinha um engraçadinho perguntar pra mim coisas do tipo: "Ei Dowglas, como é o trânsito lá no Maranhão? só tem carroças?" ou: "é verdade que o chão lá é todo rachado por causa da seca?".

O nordeste brasileiro é uma região que sofre bastante com preconceitos, fato que torna especialmente repugnante a existência de ignorância entre um estado e outro de nossa própria região. Os maranhenses acham que os piauienses só sabem comer bode e tomar cachaça. Os piauienses são convictos de que o Maranhão é a terra da macumba, da pobreza e da miséria (quando, na verdade, Piauí e Maranhão sempre andaram de mãos dadas quando o assunto é pobreza). Todos os estados do Nordeste alimentam o senso comum de que Pernambuco é terra de maconheiros e que a Bahia só tem gente preguiçosa. Isso pra citar apenas alguns.

Eu moro no estado do Piauí, talvez o mais sofrido no que diz respeito a preconceitos. O povo daqui é muito esforçado, estudioso e ambicioso - no bom sentido, o sentido de crescer, ir pra frente. Gente humilde, trabalhadora. Mas a penosa ignorância geográfica também existe por aqui. Tenho bastante curiosidade de conhecer os preconceitos que os Ludovicenses (habitantes da Ilha de São Luís, capital do Maranhão, meu estado natal) têm com o resto do Brasil. Devem ser horríveis também. Afinal, só visitei São Luís uma única vez, ocasião na qual passei apenas um dia na cidade. Em uma próxima oportunidade, tratarei de passar mais tempo para descobrir isso.

O que está esperando? livre-se desse estrangeiro burro que há em você! Não será fácil fazer isso, ele é insistente. Mas para vencê-lo, nada como doses cavalares de leitura e informação. Nunca é tarde pra fazer isso. Afinal, viva o Piauí, o Maranhão, o Ceará, o Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Pará, Amazonas, o sofrido e excluído Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e o Distrito Federal. Viva o BRASIL, minha gente.

-O que? o leitor ainda quer ir pra Miami? então tá. perdi meu tempo escrevendo isso.


Os créditos da expressão "Estrangeiro Brasileiro" são do meu amigo Narcísio Sousa, em mais um dos seus momentos de indignação produtiva.

Atualiza!

Vocês devem estar pensando: "eita blog que demora pra atualizar!". Explico: é que nem sempre posso atualizá-lo, moro na casa de tios e às vezes o computador está ocupado. Mas faço o possível para manter o blog (já que meus dois blogs anteriores foram um fracasso total, prometi que não iria desistir desse). Hoje ou amanhã estarei postando novidades.

Dowglas

domingo, 6 de abril de 2008

Águas de março, de abril, de maio...


Teresina está em estado de emergência. Quem decretou foi o prefeito Sílvio Mendes, em virtude das fortes chuvas que fizeram transbordar os rios Poti e Parnaíba em alguns pontos da cidade. As águas do Poti já invadiram a avenida Raul Lopes na altura do shopping Riverside Walk (se as águas subirem mais, logo será o River inside Walk), e mais alguns pontos diversos pela cidade. O Parnaíba está prestes a banhar o asfalto da avenida Maranhão nos pontos mais movimentados (se é que já não banhou, não fui até a avenida nesse domingo). A ex-imagem de Iemanjá (destruída por vândalos), no cais do velho monge, encontra-se parcialmente submersa na água marrom.

Tais enchentes proporcionam um fenômeno curioso. Enquanto alguns contabilizam os prejuízos, choram o que perderam ou vêem-se desabrigados, muita gente observa as enchentes como atrações turísticas, tirando fotos e tudo. O encontro dos rios, famoso ponto turístico no bairro Poti Velho, está completamente submerso, o que têm levado muita gente até lá para ver a abundância mandada por São Pedro.

Confesso que eu mesmo acho bonito ver tanta água passando por baixo das pontes e deixando os rios caudalosos. Mas imediatamente paro de ver beleza quando lembro de quem está sofrendo com essa situação, e repreendo a mim mesmo mentalmente. Fazia muito tempo que eu não via nada assim, achei que os grandes e generosos invernos no Maranhão e no Piauí tinham se acabado. Mas eu errei. alguns meteorologistas previram que este seria um período de poucas chuvas, quando elas deveriam ser muitas. Eles erraram também.

Até nos desastres, nós, brasileiros, somos um povo diferente. Mas isso é assunto para a série "Os povos mais esquisitos da face da terra", hihihihih.




quarta-feira, 2 de abril de 2008

Os povos mais esquisitos da face da Terra

Japoneses


Nerd Japonês feliz após decorar os dois bilhões de algarismos do número pi

O povo do Japão é extremamente singular. Eles são bastante conhecidos no resto do mundo por ter os olhos puxados, mas isso é só o começo de uma série de interessantes características culturais/artísticas/gramaticais/musicais/não-sei-o-que-mais.

Eles comem sentados no chão, mais precisamente em almofadinhas. Fazem churrasco de macarrão Lámen, comem peixe cru (ninguém nunca os ensinou a cozinhá-los) e às vezes voam (nem venham dizer que é mentira, pois eu já vi no clã das adagas voadoras). Estudam e trabalham 23 horas por dia, sempre perseguindo metas como loucos. Caso não as consigam, suicidam-se. Aliás, não suicidam-se só por isso. Os japoneses se matam pra caramba. O índice de suicídios é bastante alto nas paragens nipônicas.

No lugar de ver novelas, eles lêem mangás (não que assistir novelas não seja estranho). Aliás, os mangás, por si só, são bem legais: são lidos de trás pra frente. Escrevem verticalmente, em uma língua tão complicada quanto explicar batom na cueca. Na terra do sol nascente, as pessoas são bem fechadas, mas devido ao contato com o ocidente, essa situação têm melhorado. No âmbito do lazer, gostam de se esbaldar desafinando em karaokês e enchendo a cara de saquê, nome da cerveja local. Os jovens de lá masturbam-se lendo mangás de hentai (quadrinhos de sacanagem), e não vendo filmes pornôs.

Mas a contribuição mais importante que os japoneses deram ao mundo foram os seriados live action, principalmente os de super sentai (grupos de heróis coloridos) , dentre os quais destaco os antigos Changeman e Flashman. Hoje esses super-heróis trabalham em festas de aniversário e como seguranças particulares em Tokyo.

14527ª convenção nacional de super sentai: o vermelho comanda!

Os desenhos animados japoneses são bastante admirados no mundo todo, e têm milhares de adeptos no Brasil. Na época do clássico "Os cavaleiros do zodíaco" (do qual sou fã), a febre foi tamanha que todas as adolescentes do Brasil apaixonaram-se pelo Shyriu de dragão, deixando no abandono milhões de mancebos brazucas cheios de amor pra dar. Um ponto interessante nos desenhos animados de lá é que os personagens têm os olhos enormes. Os japoneses dizem que é pra dar mais expressividade, mas é puro complexo por causa dos olhos puxados e quase sem pálpebras. Outro complexo de inferioridade deles aparece mascarado nos quadrinhos hentai, se é que vocês me entendem, hehehe.


"A mulher japonesa é a melhor nadadora do mundo. Nada de frente, nada de costas, nada de bunda..."


Cléber Machado