quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Quando o dia vale a pena

É nas coisas toscas e nas bobagens que está a graça do dia-a-dia (pelo menos no meu). Uma simples viagem de ônibus de uma hora da Universidade até chegar em casa pode trazer coisas inesperadas e, principalmente, engraçadas. Vejamos alguns exemplos disso, que aconteceram nos últimos dois dias:

Uma frase oportuna. O Rodoviária Circular I estava lotado, como sempre, no horário das 18:30. quando o ônibus pára em frente ao clube das classes produtoras, na avenida Presidente Kennedy, uma moça vê o monte de gente que está prestes a entrar no ônibus (o que parecia impossível àquela altura), e, num surto de indignação por causa do desconforto de ficar em pé, espremida num corredor de ônibus, diz a seguinte frase:

"Eles (os políticos) querem que a gente estude, mas olha o incentivo que nos dão"

Um trocadilho mais que gasto. No mesmo Rodoviária Circular I, eu estava distraído quando o ônibus parou próximo ao chamado "balão da coca-cola", na região norte da cidade. Na parada, um homem conversava ao celular, falando extremamente alto (como se o condenado com quem ele conversava fosse surdo), o que imediatamente chamou a atenção de todos no ônibus. Não satisfeito, o homem elevou a voz ainda mais e emendou a seguinte pergunta ao cidadão que o ouvia do outro lado da linha:

"Tu tem DADO em casa" (risos)????

Não teve jeito. Todo mundo riu.

A roda de melancia. Eu já tinha visto tudo: roda de amigos bebendo cerveja, bebendo cachaça, bebendo vinho, bebendo montilla...tudo isso comendo tira-gosto, geralmente carne assada. Mas o que eu vi hoje era diferente. E engraçado.

Uns cinco caras de meia-idade sentavam-se em uma mesa de bar (daquelas metálicas mesmo, cor vermelha), e na mesa uma melancia cuidadosamente cortada em apetitosos pedaços, dos quais todos comiam satisfatoriamente. Eu não acreditava no que estava vendo: Uma roda de MELANCIA!


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Como diria o Narcísio, existir é divertido!



terça-feira, 25 de setembro de 2007

Eu deveria estar dormindo

Passa da meia noite. Quase meia-noite e meia, pra ser mais preciso.

Eu me pergunto (o Google não me respondeu satisfatoriamente): o quê um cara que tem que acordar no outro dia bem cedo pra ir trabalhar fica fazendo acordado até 1 da manhã? Eu, que sou esse cara, não sei ao certo.

O fato é que penso estar perdendo alguma coisa se for dormir cedo. Pura paranóia. E eu tenho consciência de que isso é loucura, aumentando ainda mais o status de paranóia que essa mania tem.

quando chego em casa da Universidade, fico pensando e remoendo: "meu Deus, o que foi que eu fiz de bom hoje?". Quase sempre chego à seguinte conclusão: "fora fazer as pessoas sorrirem, nada". Falta produtividade. Justo eu, que outrora fui um aluno exemplar, de redações bem-feitas e notas altas. Agora aqui estou eu, me cobrando quanto ao meu próprio desempenho (não que eu esteja tirando notas baixas). Esse é o principal fator que me tira o sono. Atualmente, estou tentando não dar a mínima pra o que os outros falam. Isso até que é legal, mas não têm sido fácil conseguir.

amanhã, por volta das 06 da manhã, lembrarei desse texto com muito arrependimento, mas fazer o quê, eu não consigo dormir cedo.

Ah, chega. eu deveria mesmo estar dormindo.


sábado, 22 de setembro de 2007

Suor e gás carbônico

Ouvem-se ruídos estranhos.

Uma porta abre-se, e logo a visão do que está acontecendo naquele lugar é revelada ao próximo condenado a adentrá-lo. Pessoas com expressão de dor e sofrimento. Muito barulho. Após a porta, um ser de aparência maquiavélica recebe aos que por ele passam. Todos são espetados e prensados contra ferros, numa explosão de dor e castigos. O calor é insuportável, e momentaneamente um aviso sonoro ecoa pelo ar saturado de suor e gás carbônico. Seria a chamada para o próximo infeliz apresentar-se e ser castigado?

As pessoas se espremem umas contra as outras num estreito corredor, de onde brotam, quase que de maneira palpável, as sensações de tristeza, angústia e arrependimento. O objetivo de todos é alcançar uma estreita porta, ladeada por ferros quentes e obtusos, e finalmente sair daquele vale de chamas. O estranho ser que conduz todo esse pandemônio segue indiferente, vez por outra bradando grosserias contra os pobres coitados que ali estão. O chão treme, chacoalha e o calor aumenta. Risadas entrecortadas percorrem o ambiente: devem ser de alguma criatura das trevas que distrai-se falando da vida dos outros pobres lascados que passam por aquela penitência. Alguns ficam de braços erguidos, denotando uma posição de rendição ante o castigo cruel que os aguarda. Outros permanecem toscamente sentados, com as mãos nos rostos, com plena consciência de que não será fácil sair dali.

* * * *

Inferno?

Purgatório?

que nada.



Estou falando do Rodoviária Circular.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Vou-me já


Esse aí é o aviso que está escrito atrás do laboratório de Radiojornalismo lá da UESPI, visando chamar a atenção dos apertados que tem preguiça de procurar um banheiro (principalmente em festas e calouradas no estacionamento próximo ao laboratório)... Simples e direto, gostei dessa!

É por isso que eu adoro andar sempre com uma câmera fotográfica.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Shift+Delete

A todo instante o mundo me surpreende. Estou tendo o (des) prazer de conhecer novos tipos de comportamento humano, tão estranhos e intrigantes que chegam a assustar ao mais radical dos profetas do fim dos tempos.
Um deles, cruelmente experimentado por mim há alguns dias atrás, é perfeitamente integrado ao mundo da informática e das relações afetivas via fibra óptica: trata-se do "Shift+Delete". Calma, eu explico.
Se aperto as teclas Shift+Delete num computador comum, estarei excluindo um arquivo permanentemente, sem que ele passe pelo humilhante purgatório da lixeira, certo? pois é. Essa é uma nova técnica de pôr fim a amizades (mesmo àquelas regadas a bons momentos de diversão e riso). Trata-se de excluir determinada pessoa permanentemente do nosso convívio pessoal, sem nenhuma causa, motivo, razão ou circunstância (valeu, professor Linguiça), deixando a pessoa deletada sem saber o que diabos teria acontecido. É como se tudo fosse descartável, PÁ PUM! já era. Simples assim.
Convido a Antropologia, a Sociologia, a Informática, a Biologia e os profetas do sertão para me ajudarem a entender esse novo fenômeno da era da internet e da falta de consciência.

quem me deu Shift+Delete? não importa. Também entrei na onda e deletei, oras!

sábado, 15 de setembro de 2007

Pontapé

Olá a todos.

Esse é meu novo blog. O motivo estranho pelo qual volto a escrever em um blog será esclarecido depois. Neste momento, basta saber que meus textos melhoram um pouco conforme meu estado de indignação (isso é legal). Esse pequeno parágrafo é o pontapé inicial. Aliás, o pontapé secundário, porque o pontapé inicial fui eu que levei, sem saber o porquê. Dele nasceu este blog.

Um pontapé dolorido, na alma.

alguém aí tem Gelol?