sábado, 6 de outubro de 2007

Não virei um ronaldinho

É parte da minha personalidade ficar lembrando de coisas de há muito tempo atrás. Algumas são toscas, outras me fazem querer sumir do planeta e algumas poucas me dão orgulho de mim mesmo. Essa semana lembrei de um dia da minha infância (na verdade pré-adolescência, sempre fui meninão). Vamos a ele.

Eu costumava jogar bola em uma rua estreitíssima que passa atrás do quintal da minha casa na minha cidade natal, São João dos Patos (MA). Eu devia ter uns 13 anos. Era um bando de amigos...Eu, Maycon, Guilherme e alguns primos de segundo grau. Terra batida, chinelos ou pedras servindo pra delimitar o gol e todos descalços. O "campo" (na verdade uma via pública) era ladeado por dois muros, então era possível usar as paredes como companheiras de time, fazendo o polêmico drible da tabela (muitos não aceitavam essa jogada).

Eu jogava bem, modéstia à parte. Não via a hora de chegar o final de tarde pra ir pro beco jogar bola. Jogávamos todo santo dia, e só dava pra jogar com times de dois (estreito!). O jogo era gentilmente interrompido quando alguém precisava passar, afinal, ali era uma pequena rua. Um dia, um senhor simpático atravessou nosso templo do futebol e, ao nos ver sujos, com os pés descalços e as canelas marrons de tanto barro, além do rosto suado e igualmente sujo de terra, disse, sorrindo:

" Muito bem. É daqui que saem os Ronaldinhos da vida"


Quisera eu ter virado um Ronaldinho... afinal, como diz um amigo meu, "estudar não dá dinheiro... o negócio é jogar bola".




2 comentários:

Anónimo disse...

Uma lembrança dos tempos em que o Dowglas sabia jogar bola...

Dowglas Lima disse...

hehehe...já pensou se eu tivesse virado jogador, será que o mengão ia me aceitar?