domingo, 16 de novembro de 2008

A "cena do crime" e o "10 voador"

Dizem que entre as coisas mais marcantes da vida estão as traquinagens que fazemos com os amigos na época da escola. Levei isso tão a sério que decidi continuar com esse hábito saudável na Universidade. Vejamos dois exemplos de atividades lúdicas que tiveram origem na minha mente perturbada:

- A aula de Sociologia estava para começar. O professor podia aparecer a qualquer instante. De repente, o meu amigo (também doido) Narcísio aparece com uma fita de isolamento, daquelas listradas nas cores preta e amarela, usadas pra impedir o acesso a algum local.

- Olha o que eu achei, Dowglas!

De imediato, uma idéia maquiavélica me veio à mente.

- Vamos criar a cena de um crime – falei eu, pegando a fita da mão do Narcísio. Tratei de pôr o plano em prática. Chamei o Nerenílson (outro amigo, também doido) e mandei ele deitar no chão, num canto do fundo da sala de aula. Com um pedaço de gesso, contornamos o corpo dele no chão, de modo a parecer que ali havia acontecido um assassinato e a perícia tivesse feito a marcação do corpo. Para dar um toque de horror, desenhei o contorno da cabeça separada do corpo.

Com algumas cadeiras, fizemos um círculo ao redor da “cena do crime” e passamos a fita de isolamento ao redor. Daí corremos pra porta da sala e, com a cara de assustados, Avisamos ao professor do “ocorrido”.

- Professor, acabou de acontecer uma tragédia na nossa sala! Houve um assassinato! Olha lá a cena do crime!

O professor ficou tão aterrorizado que cancelou a aula.

************************

Outra presepada que fiz atingiu diretamente o Daniel, ex-colega de classe. Ele é cerca de 37 vezes mais inteligente do que eu, mas tem 47 vezes mais preguiça. Lê 17 livros por dia e posta em 34 blogs ao mesmo tempo. Dada essa conjuntura, não é difícil imaginar que Daniel, apesar de ser um cara culto, quase nunca tirava 10.

Em uma das poucas ocasiões em que isso ocorreu, peguei a prova do Daniel (com um 10 todo pomposo escrito no canto superior direito) logo após a professora tê-la entregue, fiz um aviãozinho de papel e fui arremessá-lo do lado de fora da sala. Uma traiçoeira rajada de vento colheu o pequeno objeto voador, que foi parar no teto da sala, à mercê das intempéries. Nunca mais Daniel viu o seu 10.

**************************

Coisas de um universitário que dá valor às coisas boas da vida.

2 comentários:

Gerusa disse...

E olha que tu nem é chegado a um porre... Ainda bem!

minhas presepadas em sala sempre estão ligadas a alguma tirada sarcastica. A mais famosa até hoje:
Estava eu em uma aula sacal de Filosofia da Educação, no canto da sala lendo um livro. A professora percebendo que eu não estava prestando atenção me fez uma pergunta sobre o assunto.Como eu tinha lido TODO O TEXTO consegui responder. Então ela se vira pra outro aluno (que também estava lendo um livro e não prestando atenção)e pergunta - E você fulano o que acha sobre tal assunto - E fulano responde - Faço minhas as palavras de Gerusa.
A professora ficou indignada, virou pra mim e disse - Você aceita isso?
-Ah professora, se ele quer me usar como referencial teorico, eu não posso fazer nada!
No mesmo istante ela mandou eu cair fora.

fora isso tudo normal: Ocupações de reitoria, pular em cima de segurança armado, bagunçar a plenaria do Conselho universitário, rir na cara do assessor direto do Reitor e na do proprio, enfim... Coisas Triviais.

Anónimo disse...

Nossa, eu nem piso na Universidade... como é que vou contar minhas aventuras nela?

heauheaueha


Mas lembro que tb tinha minhas tiradas no Ensino Médio.

Uma vez o professor de Literatura conferindo quem tinha resolvido os exercícios de casa e o meu tava em branco. Ele perguntou: pq vc não fez a tarefa, Kleidianne?

- Pq eu sou irresponsável professor!

A turma inteira me aplaudiu pela sinceridade. ^^

Outra vez foi o professor de Química chamando atenção da turma por causa da bagunça.

- Agora eu só quero ouvir silêncio!

Eu, bem alto: - Silêncio!

Como eu sempre fui a mais comportada da aula dele ele passou meia hora olhando pra mim e sorrindo. Depois de sair do estado de choque só conseguiu falar: - Até tu, Brutus?


rsrsrs

No mais, eu sou uma aluna praticamente invisível!